De que vale partir se nas entranhaslevas os germes de inefáveis dores?Se a vida sob o céu de outras montanhasé a mesma serpe que se oculta em flores?
De que vale partir como os condorespara fugir das desumanas sanhas,se para a mágoa, a dor dos sofredores,jamais existirão terras estranhas?
O que me punge sempre é ter sentido
que tudo, em toda parte, tem sofrido
os grilhões do infortúnio indiferente.
E o que é mais vil? É o cárcere da vidae a dor em nosso peito reprimidaque faz de pedra o coração da gente.
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